A Europa nunca foi um lugar onde os treinadores brasileiros foram suficientemente vitoriosos ao assumir grandes clubes, dos cinco últimos treinadores da seleção brasileira, por exemplo, três se aventuraram em potências européias sem sucesso. Eram treinadores badalados e, nos casos de Luis Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira, campeões mundiais com a canarinha.
Na Itália, porém, um fenômeno contrário está acontecendo. O brasileiro Leonardo, depois de um início de trabalho conturbado, vem sendo apontado como um dos responsáveis pelo bom futebol apresentado pelo Milan e, talvez, o maior responsável pela volta das boas atuações de Ronaldinho a serviço da equipe russonera.
É notável, porém, a extrema diferença entre Leonardo e os outros treinadores brasileiro que assumiram clubes Europa afora. Ele tem em si, além de um espírito criativo que é inerente ao povo brasileiro, uma cultura tática e, principalmente, pessoal tipicamente européia.
Comparando-o com um outro treinador que assumiu um dos gigantes Europeus (talvez o maior de todos eles) a afirmação acima fica indubitável. Vanderley Luxemburgo, quando assumiu o Real Madri, não soube se encaixar ao estilo de vida Espanhol, não teve leitura suficientemente boa para perceber as armadilhas que a imprensa de lá iam colocando ao longo do seu caminho como treinador merengue. O resultado foi a ridicularização de seu trabalho e de sua famigerada “filosofia”. Também pudera, ele não dominava nem a língua nem a cultura Espanhola. A demissão era algo inevitável.
Mais recentemente Felipão sofreu de problemas semelhantes à frente do Chelsea, da Inglaterra. O fato de não dominar nem a língua, nem a cultura inglesa o fez cometer erros tanto com a imprensa quanto com o seu grupo de atletas que fizeram, por sua vez, uma competente fritura do campeão mundial de 2002.
Já Leonardo é, praticamente, um deles. Viveu na Europa por mais de dez anos de sua vida, conhece as nuâncias do trabalho na Itália, conhece sua imprensa, seu povo, enfim, sua cultura. Caso não fosse assim, Silvio Berlusconi não teria o indicado para ser, em sua estréia como treinador, comandante de um clube do porte do Milan, o maior campeão europeu da Itália e o segundo maior da Europa.
Não é, entretanto, apenas o fato de ser um cidadão europeu que faz um treinador ultrapassar as turbulências de se dirigir um gigante em má-fase. Taticamente e disciplinarmente Leonardo mostra uma competência, até certo ponto, surpreendente.
Se na parte tática os reposicionamentos de Ronaldinho e Alexandre Pato, juntamente com uma reconfiguração do sistema defensivo (que tornou viável a forma ofensiva de jogar, dando segurança à equipe) foram trunfos do brasileiro, na parte disciplinar ele foi capaz de administrar egos do porte de um Gennaro Gattuso, Andrea Pirlo, Ronaldinho e Cia. Isso foi importantíssimo num momento de crise onde era muito mais fácil livra-se da culpa despejando-a em cima do treinador do que assumi-la coletivamente e trabalhar em conjunto para a correção dos erros cometidos.
Hoje em dia o Milan demonstra um futebol que, se não é de encher os olhos (o que é cobrar demais de uma equipe da Itália), exibe uma beleza à italiana com requintes de futebol brasileiro. O futebol de Ronaldinho vem, gradativamente, voltando a um nível aceitável para o craque que ele é, e o de Alexandre Pato, cada vez mais, amadurecendo. Marco Borriello surgindo como uma boa opção de ataque e o meio-campo, junto com a defesa, evoluindo com o passar das atuações.
Hoje Leonardo vem provando que os treinadores brasileiros podem fazer grandes trabalhos em terras européias.
E que a moda pegue!
È Detto!!!
Na Itália, porém, um fenômeno contrário está acontecendo. O brasileiro Leonardo, depois de um início de trabalho conturbado, vem sendo apontado como um dos responsáveis pelo bom futebol apresentado pelo Milan e, talvez, o maior responsável pela volta das boas atuações de Ronaldinho a serviço da equipe russonera.
É notável, porém, a extrema diferença entre Leonardo e os outros treinadores brasileiro que assumiram clubes Europa afora. Ele tem em si, além de um espírito criativo que é inerente ao povo brasileiro, uma cultura tática e, principalmente, pessoal tipicamente européia.
Comparando-o com um outro treinador que assumiu um dos gigantes Europeus (talvez o maior de todos eles) a afirmação acima fica indubitável. Vanderley Luxemburgo, quando assumiu o Real Madri, não soube se encaixar ao estilo de vida Espanhol, não teve leitura suficientemente boa para perceber as armadilhas que a imprensa de lá iam colocando ao longo do seu caminho como treinador merengue. O resultado foi a ridicularização de seu trabalho e de sua famigerada “filosofia”. Também pudera, ele não dominava nem a língua nem a cultura Espanhola. A demissão era algo inevitável.
Mais recentemente Felipão sofreu de problemas semelhantes à frente do Chelsea, da Inglaterra. O fato de não dominar nem a língua, nem a cultura inglesa o fez cometer erros tanto com a imprensa quanto com o seu grupo de atletas que fizeram, por sua vez, uma competente fritura do campeão mundial de 2002.
Já Leonardo é, praticamente, um deles. Viveu na Europa por mais de dez anos de sua vida, conhece as nuâncias do trabalho na Itália, conhece sua imprensa, seu povo, enfim, sua cultura. Caso não fosse assim, Silvio Berlusconi não teria o indicado para ser, em sua estréia como treinador, comandante de um clube do porte do Milan, o maior campeão europeu da Itália e o segundo maior da Europa.
Não é, entretanto, apenas o fato de ser um cidadão europeu que faz um treinador ultrapassar as turbulências de se dirigir um gigante em má-fase. Taticamente e disciplinarmente Leonardo mostra uma competência, até certo ponto, surpreendente.
Se na parte tática os reposicionamentos de Ronaldinho e Alexandre Pato, juntamente com uma reconfiguração do sistema defensivo (que tornou viável a forma ofensiva de jogar, dando segurança à equipe) foram trunfos do brasileiro, na parte disciplinar ele foi capaz de administrar egos do porte de um Gennaro Gattuso, Andrea Pirlo, Ronaldinho e Cia. Isso foi importantíssimo num momento de crise onde era muito mais fácil livra-se da culpa despejando-a em cima do treinador do que assumi-la coletivamente e trabalhar em conjunto para a correção dos erros cometidos.
Hoje em dia o Milan demonstra um futebol que, se não é de encher os olhos (o que é cobrar demais de uma equipe da Itália), exibe uma beleza à italiana com requintes de futebol brasileiro. O futebol de Ronaldinho vem, gradativamente, voltando a um nível aceitável para o craque que ele é, e o de Alexandre Pato, cada vez mais, amadurecendo. Marco Borriello surgindo como uma boa opção de ataque e o meio-campo, junto com a defesa, evoluindo com o passar das atuações.
Hoje Leonardo vem provando que os treinadores brasileiros podem fazer grandes trabalhos em terras européias.
E que a moda pegue!
È Detto!!!
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