quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Futebol & Football: "Futebóis" tão diferentes assim? (Nov/2006)

Olá, Visitante!

Sim, sou fã do futebol com as mãos. Resolvi então fazer uma comparação com o futebol com os pés... não que no futebol com as mãos não se use os pés nem que no futebol com os pés não se use as mãos!

Enfim, é isso aí!


Futebol & Football: "Futebóis" Tão Diferentes Assim?

Por: João Paulo Pontes


Certa vez ouvi uma frase de um treinador de futebol americano: "As defesas ganham as partidas, os ataques vendem ingressos e os chutadores vencem os campeonatos." Pensei então se essas frase se tratava exclusivamente ao futebol americano. Poderia sim se tratar apenas disso, julgando a intenção do treinador, mas essa frase se aplica à alguns outros esportes, inclusive (e, para mim, principalmente) ao futebol. Soccer, para eles.


Para quem não acompanha o futebol americano, vou fazer um breve resumo acerca dos detalhes que importarão nesse artigo. Cada equipe vai para o jogo com três times. O do ataque, o da defesa e o de especialistas. O ataque entra em campo, obviamente, quando se tem a posse de bola. A defesa, consequentemente, quando a posse é do adversário. Já os especialistas em momentos como o do ponto extra, após a marcação de um TD (touchdown), nas devoluções de posse de bola e nos Field Goals. Essa mudança de atletas é permitida pelas regras, visto que as substituíções são livres desde que a jogada não esteja em andamento.

Se formos comparar com o futebol (soccer) a diferença está apenas na não substituição dos atletas, pois a defesa começa no primeiro atacante e o ataque perpassa pela equipe toda chegando até mesmo no goleiro em certas ocasiões. Já o time de especialistas seriam os participantes das jogadas de bola parada, desde os batedores até os finalizadores.

A evolução do futebol em poucos momentos consistiu em como atacar melhor e sim em como não ser agredido de forma fatal. A forma de se impedir esses avanços foram ora posicionando mais jogadores, ora aumentando a ríspidez dos desarmes, a invenção dos cartões foi uma forma de intervir contra esse defensivismo, mas a passividade dos árbitros em relação à violencia impede a solução efetiva dessa questão, visto que certas jogadas lembram realmente lances de futebol americano devido a semelhança com algumas artes marciais.

As Copas de 1994 e 2006 são exemplos da aplicação no futebol da frase citada no começo da coluna. em 94, Brasil e Itália chegaram à final ganhando jogos graças as suas defesas, atraíram a atenção por meio de seus homens de ataque (Romário e Baggio) mas o campeão foi, literalmente, quem chutou melhor. Pior para Baggio e para a Itália. Em 2006 a Itália estava lá novamente e até a final só sofrera um gol e feito por sua própria equipe, sofreu outro na final, de Penalty. A França também tinha uma defesa sólida que anulou, nas quartas, o perigoso ataque brasileiro (que realmente só vendeu ingressos) e na semi não pertmitiu a chegada da boa equipe portuguêsa. Ambos tinham seus ataques e seus especialistas, a França com Henry e Zidane, a Itália com Toni e Pirlo. Ganhou novamente quem chutou melhor e a Itália superou o trauma de 94.

Pode até parecer, mas não estou defendendo a retranca, estou apenas dando valor para aqueles que pouco têm crédito nas vitórias, porém que são crucificados nas derrotas: os jogadores do "sistema defensivo". As aspas foram pelo fato de que o sistema defensivo não é composto por jogadores, e sim por disposição tática, ou seja, os atacantes também fazem parte do sistema defensivo quando se fazem defensores, mesmo no ataque como eu já disse antes.

Vamos então para os que vendem ingressos. No futebol americano, se existe uma figura central, essa é a do lançador (quarterback) que arma todas as jogadas do ataque. Comparando com o futebol, seria um meia armador, o cérebro da equipe, uma espécie de Juninho Pernambucano.

A foto acima é a do lançador do Indianápolis Colts, Peyton Manning, considerado por muitos o melhor da atualidade, coisa que do alto da minha ignorância "Footballistica", concordo plenamente. Podem me perguntar qual o motivo de Juninho estar ao lado do melhor do mundo no outro esporte em questão não é à tôa, Ronaldinho é sim o melhor jogador de futebol do mundo na atualidade, esteja na má fase que for, mas Juninho, para mim, representa, no futebol, os três times do futebol americano, pois é um jogador que ora é um bom defensor, ora é o articulador e finalizador de jogadas e, na hora certa, é um especialista, o chutador.

Não vi o 13 do Dolphins (Dan Marino) nem o 10 do Santos (Pelé, né?) jogarem, ouvi falar que eram os melhores, sei até que para muitos brasileiros o futebol americano não é um esporte agradável de se ver como também para muitos estadunidenses (americano também sou e norte-americanos os mexicanos também são) o futebol não é tão atrativo. É apenas uma questão de cultura, e a globalização, não esta que vemos, de cima para baixo, mas a verdadeira a que divide para depois multiplicar, se tratará de fazer a interligação dos esportes, ora entre seus profissionais, ora entre seus fãs. assim como existe uma Copa do Mundo de futebol, eu gostaria de ver uma Copa de futebol americano, e, de preferência, com a mudança da nomeclatura, para que se tornasse algo mundial.

E que as defesas continuem ganhando jogos, os ataques continuem vendendo ingressos e que os chutadores continuem vencendo os campeonatos, seja em que esporte for.



È Detto!!!

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