sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Receitas ou Títulos? (Mar/2007)



Olá visitantes!

Essa foi uma breve análise acerca de um Real Madri que só fazia gastar dinheiro e não ganhava nada! Hoje em dia as coisas não mudaram muito, mas melhorou um pouco, não podemos negar!




Receitas ou Títulos?

Por: João Paulo Pontes



No último ano, o Real Madri foi a equipe que mais ganhou dinheiro no mundo, mesmo com o jejum de quatro anos sem títulos importantes e sendo um dos clubes que mais investe na contratação de jogadores. Esse é o resultado da filosofia imposta pelo então presidente Florentino Pérez: a de fazer do Real uma verdadeira galáxia, para render dinheiro e, se possível, títulos.

Essa forma de administrar um clube é bem sucedida quando é feito o investimento nas categorias de base permite a perpetuação do lucro formando-se craques em casa e, principalmente para os torcedores, quando os títulos vêm. O investimento nas categorias de base do Real Madri são inegáveis, porém não há a valorização por parte da diretoria na inclusão destes atletas na equipe principal, visto que a prioridade é contratar jogadores já prontos, com renome internacional e que atraia mais patrocinadores... Guti, Raúl e Casillas são exceções e o próprio Guti só veio se firmar como figura constante entre os titulares beirando os 30 anos e apenas com a saída de Zidane.

Mas e os títulos? Grandes jogadores não deveriam montar grandes equipes? Quando contratados para as posições certas, provavelmente! O qua acontece no Real em sua política de contratações é que os jogadores não chegam para as posições carentes, e sim para o marketing do clube. A chegada de Beckham soi um exemplo disso, pois o Real já contava com Figo para a posição e Beckham foi improvisado como segundo volante, enquanto na época o real tinha sérios problemas na lateral-direita, na zaga e precisava de um bom volante. Essa sobreposição aconteceu também entre os atacantes quando chegaram, num só ano, Júlio Baptista (que se destacou no Sevilla como atacante),Cassano e Robinho quando já se tinha Ronaldo, Raúl, Morientes e Owen, os dois últimos acabaram sendo negociados e os contratados não corresponderam.

Com a saída de Pérez na presidência e, após um tempo, a chegada de Capello para o comando técnico essa filosofia de trabalho se alterou um pouco, ao invés de jogadores badalados, foram contratados jovens jogadores, como Gago e Higuaín e Reyes, e jogadores experiêntes para as posições certas, como Canavarro e Emerson. A equipe não vence, isso é verdade, mas as saídas de Ronaldo e Beckham demonstram que a filosofia de trabalho está mudando aos poucos, considero Beckham um ótimo jogador de ponta, cruza muito bem a bola, bate precisamente faltas, porém nunca foi um jogador para definir partidas. Ronaldo, sim, porém não existia mais clima entre ele e a torcida merengue e, para piorar, Ronaldo não via mais desafios no futebol espanhol e seu peso é consequência disso. No futebol italiano ele terá um desafio: apagar a má impressão deixada em sua passagem pela Inter e "queimar a língua" de Fabio Capello.

Mas, se atendo mais na política de administração do Real, essa filosofia de trabalho atende às necessidades de curto e médio prazo, porém, o risco de, com a ausência de títulos ao longo dos anos, a torcida diminuir e a atenção mundial também deve alertar os administradores, pois um prejuízo à longo prazo pode comprometer todo o futuro do clube mais famoso do mundo.

Quanto ao Brasil, estamos tão atrasados que nem esses problemas temos.



È Detto!!!

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